Já
tinha algum tempo que não batia uma praia de areia, que geralmente se resumem
em boas companhias, longas conversas e em caminhadas que se prolongam até ao
raiar do sol. Sem querer menosprezar qualquer outra, quase que me arrisco a
dizer que deve ter sido umas das melhores que tive, não pelos peixes capturados
mas pelo conjunto de pormenores que tornaram esta noite tão especial, senão
vejamos.
-O
meu amigo Pedrons ofereceu-me nos meus anos uma DUO TMS 175 na cor A123, uma
cor brutal que introduzi rapidamente na minha box e que não descansei até tirar
um peixe com ela, a verdade também é que só foram necessárias 2 pescarias para
a meter a facturar. Alem deste muito pequenino pormenor, esta amostra ofereceu-me o
meu primeiro robalo deste ano, (e vamos em Junho) o peixe que acusou na balança 2.720gr e ainda
rendeu uma mensagem escrita as 8h da manhã com uma espectacular “Hehehe” para o
meu amigo, que espero bem que estivesse a dormir assim como espero também que
ele se tenha esquecido de tirar o som ao telemóvel.
-
O Ricardo foi um “para-quedista” (termo artistico ;) ) que me caiu nas mensagens do Facebook a pedir
opiniões para se iniciar no spinning talvez a uns 10 dias atrás. A sua
principal dúvida passava pelas amostras que deveria adquirir e quais as cores
misteriosas que apanham peixe, nada que não se resolvesse com algumas trocas de
mensagens. Após adquirir as amostras não tardou nada em as ir experimentar, mas
o experimentar não chegava, e pediu-me para ir pescar com ele, poucos dias
depois lá surgiu o dia em que as características das marés, o vento e o
pesqueiro me faziam acreditar que poderia ser um bom dia para ir pescar, coisa
que não tem estado nada fácil este ano, e lá marcamos.
Estávamos já a pescar a sensivelmente uma hora quando entra o parágrafo anterior em que lá tirei o meu primeiro
peixe, olhei para a cara de felicidade do Ricardo pela minha captura, mas rapidamente
me lembrei dos meus penosos 6 meses que demorei até tirar o meu primeiro robalo
sabendo que alguns pescadores tiravam com alguma facilidade exemplares de bom
porte, fazendo-me duvidar naquela altura se estaria eu a fazer o correcto. Apesar
de ser a primeira vez na vida que estava com o Ricardo não hesitei em tirar a
amostra a boca do robalo e entrega-la ao Ricardo dizendo-lhe que essa amostra é
a que tirava peixe e queria que ele fosse o próximo. O Ricardo não esperou 1
hora até tirar o seu primeiro robalo ao Spinning metendo a fasquia bem alta
para um primeiro robalo, acusou 2.220gr apesar de parecer bem mais pequeno na
foto. Avisei-o logo para não se habituar, porque as grades consecutivas eram o
prato o dia.
-
Passado umas boas 2 horas sem nenhuma actividade lá meto uma DUO Press Bait Kamuy
na esperança de que o peixe poderia estar mais longe, após uns 37 lançamentos
lá sinto a amostra presa em algo mesmo lá longe, e segue uma corrida seca e sem
fim, avisei logo que tinha um robalo grande aos meus colegas mais próximos. Recolho
uns metros de linha e segue outra corrida que me fez olhar para a linha do
carreto, foi quando duvidei se era um robalo, passou-me pela cabeça uma
rabeta com força ou eventualmente um peixe plano de bom porte, uma luta
alucinante e demorada que culmina num robalo de 3.350gr mal cravado pelo rabo, na foto vê-se
o buraco no rabo entre o “H” de “Photography” e o “0” de 2014”, assim que
levantei o peixe com a mão a fateixa solta-se. Sorte, desilusão, alegria,
admiração… sei lá o que me passou pela cabeça perante a luta e o robalo que tirei.
Totalmente indescritível. (nota-se o meu sorriso meio amarelo)
-
Já de dia e a queimar os últimos lançamentos lá sai esta linda Baila que atacou
a TMS 175 e que foi rapidamente devolvida.
Apesar de ser um dia em grande, senti alguma tristeza pelo meu amigo António que não
livrou a grade apesar de também ter pescado com a TMS175 milagrosa dessa noite, mas também admito que não pode sempre calhar ao mesmo ;) . Um dia ímpar repleto de “pequenos” pormenores que marcaram a diferença neste
dia de pesca.
1 Abraço
zé